A Obra de Cristo.2010_II

A desobediência de Adão e Eva

Iniciemos com uma afirmação e uma pergunta:

“Jesus morreu para nos salvar.  

Como assim?”

Para entender essa preciosa atitude e decisão de Deus, precisamos retornar ao início de tudo, na criação do homem. Comentemos um pouco sobre Gn 2:16-17 e Gn 3.

Deus criou Adão e Eva. Eles tinham um relacionamento pessoal com Deus e viviam no jardim do Édem. Deus deu uma ordem: “De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás,...” (Gn 1:16-17). Neste momento, Deus deu uma escolha a Adão e avisou-o do perigo: “certamente morrerás”. Lembremos que eles viviam com Deus, tinham contato diário com Ele e Deus o advertiu e o deixou consciente das consequências de sua desobidiência.

Depois de ter formado a mulher, a Bíblia fala que a serpente, “o animal mais sagaz de todos os animais selváticos” (o diabo – Ap 20:22) aproximou-se da mulher e falou: “É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?”

O que a serpente falou a Eva criou em Eva uma sensação de exagero da parte de Deus: “ de toda árvore”, também gerou dúvidas: “É assim que Deus te disse...?” Com certeza, Eva foi buscar em sua memória o que Deus tinha dito, mas a dúvida foi gerada em seu coração deixando-o sensível. Com o “terreno preparado”, a serpente lança sua última afirmação: “Certamente não morrereis” (Gn 3:4). Neste momento ele distorceu a Palavra de Deus e gerou desejo, cobiça e ambição no coração de Eva quando falou: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” (Gn 3:5)

Lembremos que Deus disse que de TODA árvore eles poderiam comer, exceto comer daquela árvore do meio do jardim. Apenas uma árvore. Mas foi esta que quiseram e comeram, desobedecendo, assim, não um conselho, mas uma ordem de Deus.

Neste momento, Adão e Eva traíram o relacionamento e a confiança de Deus, além de desconfiarem dEle. Preferiram acreditar numa serpente a acreditar no seu criador e mantenedor. Isto provocou a ira de Deus o qual amaldiçoou o homem, a mulher, a serpente e a terra (Gn 3:14-19).

Mas, no capítulo 4 fala que Adão e Eva tiveram Caim, Abel e mais filhos e filhas e alguém pode perguntar: “Mas Deus não falou que eles morreriam?” Se eles não morreram então Deus mentiu e a serpente falou a verdade, o que sabemos que é impossível acontecer. Porque Deus é a Verdade (Jo 14:6); e a serpente, o diabo, é a própria mentira (Jo 8:44). Então, que morte foi essa?

Foi uma morte espiritual. O homem e a mulher perderam sua comunhão direta com Deus, de forma íntima e pessoal. Deus começou a falar com o homem por meio de profetas escolhidos por Ele (Hb 1:1). O homem foi separado de Deus e até hoje sofremos as conseqüências ditas por Deus, naquele dia. Adão e Eva perderam sua inocência, para ser conhecedor “do bem e do mal” assim como Deus (Gn 3:22) e nesta condição, “separados de Deus”, todas as gerações posteriores a Adão e Eva ficaram. Passando a ter uma vida apenas natural e não mais espiritual, não mais discernindo as coisas espiritualmente. Sua visão ficou limitada às coisas da terra (1 Co 2:14). Porém, mesmo com a dor da traição, Deus mostrou sua misericórdia, livrando-os de comer da árvore da vida para não viverem eternamente pecadores (Gn 3:22 e Ap 22:14). Expulsou-os, então, do Jardim do Édem.

Separados de Deus, portanto, o homem se tornou um pecador, inclinados para o mal, ausente de Deus, sedentes desta essência original, desta presença de Deus. Mas Deus, onisciente, já tinha um plano para resgatar o homem e livrá-lo desta condição de pecador: enviar seu filho Jesus para salvar a humanidade.

“Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” 1Co 2:14

Por: Érica Patricia dos Santos Brasil