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Mostrando postagens de fevereiro, 2022

O olhar de amigo

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Vou fazer um poema, mas de memórias. Já tive amigos de verdade? Temporários, tive. Quem os roubou de si mesmos de toda aquela simplicidade e verdade? Daquelas amizades de passar horas no telefone ou encontrar às 2h da tarde para comprar uma caneta e vir embora no último ônibus para casa, sentada numa praça, conversando. Amizades que quase viram namoro, com homens. Amizades que eram apenas amizades, com homens. Quantas coisas abriam para mim. Dom lindo de vê-los falar sem nenhum esforço, em confiança. Sem decepção. Partilhas com amigas de profundos do coração. Como era bom a confiança recíproca. Sabia que sei de pessoas que fizeram aborto na adolescência? Segredos que morrerão comigo. Percebo que eu era menos julgadora. Ainda não tinha tanto posicionamento na vida. Não conhecia as consequências. Depois de tudo isso, tornei-me mais chata e educadora. Tantas amigas e amigos. Tantos jeitos, histórias, momentos diferentes da vida. Aqueles 30min numa espera que redundou em 30min de conversa

Poema: Não sei se já amei.

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Não sei se já amei Sei que já sorri e já chorei Que meu coração já pulsou no corpo todo Quando para você eu olhei Que o teu sorriso é o meu sorriso E na tua tristeza, preocupada andei Tão ousadamente, nos meus sonhos, te coloquei Desejando está nos teus. Não sei se já amei Ou se preciso envelhecer para saber Se a certeza está no passado, no presente ou no futuro Só sei que toda minha vida ganhou um novo sentido Quando no meio da multidão Meus olhos viram os seus. Como se, de todos os corpos que encontro O meu desejasse apenas o seu. Não sei se já amei Se te feri, quando quis te aproximar cada dia mais de Deus Se tentando me aproximar, te afastei Se orar todos os dias por você É amor ou apenas o egoísmo de ter Provando a mim mesma, deixo livre Querendo a todo instante te prender Por vontade, por coragem Na liberdade que só os presos por amor podem viver. Não sei se já amei... Mas se isso não é amor O que poderia ser? Glórias a Deus. Érica Patrícia 31 de Janeiro de 2022

A Diferenciada Caneta Cor de Rosa

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Era uma vez uma  Caneta   Cor de Rosa ... Uma luz acesa Um caderno aberto E um ventilador ligado. Mais uma Página em branco Que ganharia vida Por tempo indeterminado. A página virou O quase mesmo texto, pôde ser lido Como se fosse o vento que tivesse soprado E não existisse mãos, pelas quais, O quase mesmo texto, fora escrito. Como se quem juntasse as letras, n ão importasse; Não tivesse quaisquer significado. A caneta se movia Sozinha... Sabida! Da esquerda para a direita... A luz iluminava, ajudando a linha reta; O caderno dava suporte, para a cor aparecer; E o ventilador girava, de um lado para o outro Como se nada mais importasse, exceto se aquecer. Trabalhava para refrigerar Sem se preocupar, com o seu próprio bem estar. Que horas seriam? Que num quarto e escrivaninha Coisas tão estranhas assim, aconteciam? O relógio, então acendeu, e a caneta escreveu Duas horas e trinta e três minutos Significava que ainda não amanheceu.  O tempo passa e sempre passará Muitos ensinam, poucos apr