Chôro. Lágrimas. Cura.


Era isso! Choro - Chôro.

Estava tentando lembrar o que queria escrever e era um pequeno grande testemunho.

_O choro que lava, que cura, que consola, que tira o peso, a pressão, que parece que jamais iria sair, mas de repente, como em represa (porque os escritores exageram) saem.

E quando saem, você traz à tona a criança que ainda está lá e que chorava, chorava sem parar. Às vezes de desgosto. Às vezes de dor. Às vezes por ter caído. Por ter sido esquecido. Por ter quebrado uma parte do corpo. Ou por ver seu melhor amigo em outros amores sem mais lembrar de você. Por tantos pessoais motivos que só teus segredos poderiam dizer. Aqueles, os mais escondidos. E os que você pode transparecer.

Sem barulho porque adultos choram baixinho. Não tem a pretensão de divulgar ou chamar atenção. É mesmo aquele momento só seu.

E você chora a ausência, a partida, o luto. A dor. Ainda que seja da cruz que você decidiu não anular e crer.

Mas em seguida.
Tudo parece que se faz novo. Como se o que tivesse fazendo mal mesmo, fossem as lágrimas retidas e não as lembranças e motivos reais. Os acúmulos da vida. Hora causadas pelos nossos egoismos e hora por não sermos amados como gostaríamos. Aquele desejo do Céu que já mora em nós mas ainda não pudemos viver.



Console-se. Não é drama. São mesmos os embates e pressões dessa vida que exigem de nós divindades que só o divino pode conceder. Os nossos inalcançáveis e nosso desejo de poder. Nossas esperas demoradas e frustrações. Até os sonhos realizados saídos dos planejados. Também tem a ver com os nossos controles desajustados porque nem sempre estamos totalmente descansados em Deus.

A saudade de um futuro que persiste em habitar nossos sonhos, projetos e pensamentos mais puros.

Sai o peso. Sai a dor. E como a criança consolada. O bebê desmamado. Você volta de novo a ser o adulto equilibrado. Não. Nunca estamos prontos para passar de novo. Viver de novo. Sentir de novo. Mas confortados para enfrentar o aqui e o agora.

Como tem que ser.

Há um lugar. Um abrigo. Um esconderijo. E esse lugar é no Senhor.

Como sempre, estou falando só porque ouvi falar. 
Nunca é porque passei por isso, ontem.__

Érica Patricia
21.Março.2024
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