A Obra de Cristo.2010_PRINCIPAL

A Obra de Cristo

O homem herdou uma natureza pecaminosa. Ele está perdido e condenado a morte espiritual eterna (uma vida separada de Deus). O homem não pode purificar a si mesmo nem a outro homem. Como algo “sujo” limparia alguém também “sujo”? Assim sendo, só alguém perfeito, limpo e puro poderia purificar os homens e foi quando “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1:14).

Para resgatar nossa comunhão com Deus, Deus, em sua infinita misericórdia, graça e amor, manda ao mundo seu Filho Jesus Cristo para morrer em nosso lugar e salvar o mundo da escravidão do pecado, trazidas pelo diabo como conseqüência da desobediência no Jardim do Édem. Todo aquele que nEle crer será salvo por meio dEle (jo3:16). De forma gratuita, Deus salva o homem e faz nele habitar o Espírito Santo nos dando nova vida e fazendo com que sejamos novas criaturas (2 Co 5:17). Nenhuma experiência espiritual com Deus, nem a obediência sincera à Palavra de Deus, pode substituir ou aperfeiçoar o que Cristo fez no lugar do pecador. Nada que o homem fizer pode concluir firmar ou terminar o que Deus já completou no seu Filho (Jo 19:30). Porque é graça de Deus nos salvar.

Graça é algo que recebemos sem merecer. O homem não merece, é culpado, é incapaz de se auto-justificar e é rebelde e inclinado a se desviar de Deus (Os 11:7) e Deus nos amou, decidiu nos salvar mesmo assim, enviou Jesus para nos justificar e Ele mesmo nos procurou, nos buscou, veio até nós.

O livro de Romanos é um excelente livro para entendermos a graça salvadora de Jesus. Cristo é o 2º adão que veio para libertar o homem do seu pecado (Rm 5:12-19). Quando Cristo morreu na cruz ele pagou o preço da nossa salvação, nos resgatando das mãos do diabo. “sem derramamento de sangue, não há remissão de pecados” (Hb 9:22). Colossenses 2:14-15 nos fala que Deus cancelou a nossa dívida e, publicamente, expôs ao desprezo principados e potestades. Vemos que tudo se dá num plano espiritual, que podemos sentir de maneira física e emocional.

Cristo venceu as tentações. Ele não podia pecar porque era Deus, mas sofreu todos os sentimentos de tentações e abstinências que um homem pode sofrer. Venceu a morte ao ressuscitar (Rm 5:21; Is 25:8; 1 Co 15:54-57) nos fazendo vitoriosos sobre a morte também, por meio de Cristo. “O que parecia sua grande vitória foi seu momento de maior triunfo” (baseado em Cl 2:15).

Hebreus 9:27-28 nos fala do sacrifício único de Jesus a nosso favor. Não somos nós que precisamos fazer sacrifício. Já dizia Jesus: “Misericórdia quero e não sacrifício” (Os 6:6; Mt 12:7; Mt 9:13). Somos justificados pelo sangue de Jesus (Rm 8:33; Hb 9:14). Deus cancelou os nossos pecados de uma vez por todas, não havendo mais condenação para os que estão em Cristo (Rm 8:1.33-34; 1 Co 1:30-31), apaziguou a ira de Deus (1 Jo 2:1-2; rm 5:9) e reconciliou o homem com Deus, fazendo com que o homem possa ter relacionamento direto novamente com o pai com confiança (Rm 5:10-11; Cl 1:20-23)

Deixemos claro que não é por meio de obras ou sacrifícios que o homem pode salvar-se. É a fé em Cristo Jesus, como filho de Deus, e no seu sacrifício que purifica o homem de todo pecado e dá nova vida em Cristo Jesus eternamente. A graça, amor e misericórdia de Deus é a única razão para isso. Nenhum homem mereceria ou conseguiria por méritos próprios (1 Tm 1:13; Tito 3:5; Rm 3:20.24.26-28; 5:1-11; 11:32; Ef 2:4-5.8-9; Gl 2:16; 5:6; 2 Co 5:18-19). Logo, nós somos justificados por Cristo. (Rm 8:33)

Segundo o dicionário do Aurélio, Justificar significa: “v.t. Demonstrar, provar inocência: justificar o procedimento. / Fazer ver que uma coisa não é falsa ou infundada. ... Provar inocência; apresentar motivos, razões, desculpas...”. Nos tribunais de justiça, se refere ao ato dou efeito de declarar justa uma pessoa. Isso não significa que o errado passa a ser justo, é apenas uma declaração. Mas como Deus pode declarar os pecadores culpados e absolvê-los dos pecados? Porque Deus nos declara justificados pela obra de Cristo.

Você ainda pode se perguntar: Por que Jesus precisou morrer?

O Velho Testamento profetizava a vinda de Jesus e mostrava a oferta de sangue de animais para a remissão de pecados (Lv 16:15-16; Nm 19:9. 17.19). Profetizava a respeito da vinda de Cristo (Is 7:14) e da morte de Cristo (Sl 22) e de uma Nova Aliança com o povo (Jr 31:33-34). O sangue dos animais anunciava o sangue de Cristo derramado na cruz para remissão dos pecados (Êx 24:6-8; Leiamos Hb 9:11-15. 18-22). Observe que em Hb 9:16-17 ele fala a respeito da validade de uma testamento só após a morte do testador. Enquanto viver o testador o testamento não tem validade. E Jesus não veio para revogar a lei, mas para cumpri-la (Mt 5:17-20). Lei a qual dizia que sem derramamento de sangue não haveria remissão de pecados (Lv 17:11)

“Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo.” 1 Co 15:21-22

Por: Érica Patricia dos Santos Brasil