Testemunho: Arrependimento e conversão


Pra honra e glória do Senhor, eternamente.


"E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem." Atos 5:32

"Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá."Efésios 5:14

Pretendo resumir aqui a minha conversão e no decorrer dos dias, algumas histórias, posso contar mais detalhada, se necessário.

Mesmo crendo que fui escolhida desde o ventre de minha mãe, há certos marcos espirituais em nossa vida que nos conduz a conversão. Conversão: convergir para um ponto. Neste caso, Convergir para Jesus.

Lembro-me desde minha infância, conversar com Deus, chorar na sua presença quando fazia algo errado, pedindo perdão e pedir sua benção em minha vida. Lembro-me de não entender muitas coisas pelas quais eu estava passando e ser convicta de que tinha propósito de Deus e pedia a Deus para me mostrar. Lembro-me de ajoelhar e orar quando as coisas estavam difíceis. De agradecer, sim, sempre tive um coração muito grato ao Senhor. E de o mundo me rejeitar, quando eu o queria. Se fosse descrever, talvez conseguisse em um livro.

Porém, como a maioria das pessoas que nascem em um lar em que seus pais se dizem de determinada religião "não praticantes" assim fui formada. Eles eram exigentes. Exigiram que eu e meus irmãos fizéssemos primeira comunhão, nos batizássemos (o detalhe é que me batizei sem padrinho e madrinha aos 9 anos de idade. Eles não vieram, por morar longe, e o padre deixou. Glória a Deus. Então eu seguia dizendo: "Meus padrinhos são Jesus e Maria" rs.) e tivemos uma criação com ensinos sobre caráter e coisas corretas que o mundo ensina, que funcionou sim, pra honra e glória do Senhor, mas não aprendemos a "Temer e obedecer a Deus". No fim, obedecíamos a igreja pensando estar obedecendo a Deus. Talvez porque eles também não foram ensinados, e, infelizmente, também não buscaram. Assim passei 10 anos da minha vida na igreja Católica, praticante. Fui coordenadora de Crisma, fui da liturgia, participei de Coral e deixava de fazer muitas coisas por amor ao Senhor.


A felicidade é que eu tinha uma diferença. uma diferença que eu estranhava nos meus amigos daquela igreja. Eu era uma leitora assídua da Palavra de Deus. E aquilo que eu lia, eu cria. Lembro hoje que eu não tinha revelação da Palavra ainda. Que hoje leio muitos textos diferentes do que lia antes, para que se cumprisse a Palavra: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." João 1:12-13. Não deixava de ler e crer. A partir de um certo tempo, creio eu que o Espírito Santo começou a trabalhar em mim. Acho que fui batizada com o Espírito Santo e comecei a questionar muitas coisas.


Eu já não participava de procissão (só fui 2 vezes, se não me engano), já não estirava a mão pra Maria pedindo a benção, apesar de louvar ainda pra ela, incomodando-me.  Eu não conseguia rezar o terço e me sentia culpada por isso. Claro, tinha pessoas maravilhosas lá, em questão de comportamento e caráter, pessoas que amo até hoje e por isso ainda mais me preocupo em levar o verdadeiro conhecimento a elas; mas todos, assim com eu na época, cegas espiritualmente a respeito da Verdade Bíblica. Ou seja da verdadeira Palavra de Deus. Percebia que eu falava uma 'lingua' diferente dos líderes da igreja. Eu não entendia porque eles achavam tudo normal. Ir para a Micarande depois da crisma era normal. Ficar com muitas pessoas era normal, mulheres que tinham relacionamentos com homem casado eram dignos de piedade mas sem pregar a mudança de vida, homens que ficavam com todas as garotas era engraçado, homossexualismo era normal e até ponto de encontro, "subir pra tocar o sino" virou piada pros coroinhas, entre eles, e tudo era tão cômico que me horrorizava. O calendário dos eventos eram feitos de acordo com as festas de forró que tinha na cidade. Os conselhos de algumas pessoas era: 'se ele traiu, traia também' e nenhum líder tinha coragem de corrigir, escutavam silenciosamente como 'respeito' ao que a pessoa pensava. Deus me deu coragem de corrigir isso, em um grupo em que eu era coordenadora. Fiz daquele espaço o 'meu espaço' pra passar o que eu acreditava e já sabia sobre a Bíblia. Aquilo me incomodava a ponto de querer gritar. Vendo que os líderes sabiam e nada faziam.

Não sabia eu que era obra do Espírito Santo em minha vida. 

Um dia, um líder falou: "nossos irmãos evangélicos não crêem porque não tem na Bíblia, mas isso é questão de fé. Somos privilegiados por ter uma mãe e por crer que ela é nossa intercessora. Nós não nascemos órfãos". Lembro que meu coração saltou e eu pensei: "mas eu não preciso crer em nada que não esteja na Bíblia. Eu não preciso crer. Senhor, eu devo crer?????" E me sentia culpada por não conseguir rezar o terço, e me escondia quando todos se mobilizavam pra ir pra procissão. E via que ninguém tinha visão espiritual e visão da VONTADE DE DEUS. Falavam sobre Deus, mas dificilmente com Deus. Não O ouviam (Jo 10), não O obedeciam (Jo 14:21, Jo 15:14)... Eu tinha uma função lá! O que fazer????


Até o grande dia!!!


Um dia, não sei ao certo qual, mas sei que houve, falei: "Deus, não quero mais obedecer a homens. Quero obedecer a ti. Mostra-me a Verdade. Eu quero acertar. Não quero seguir religião. Se a evangélica estiver errando em algum ponto quero ficar com o que a Católica ensina e vice-versa." Lembro que falei que se a evangélica não aceitasse o corpo e sangue de Jesus como real, eu comungaria lá como sendo real pra mim e pronto.



Comecei a fazer tópicos de temas e buscar na Bíblia a resposta. Esse texto foi sendo aperfeiçoado mesmo após minha conversão. Deus falou muito forte pra mim em Isaías 44, 45 e 46. Em 1 Corintios 11 (essa dúvida só foi tirada, algum tempo após minha conversão, sobre o pão e o vinho e vale a pena citar). E eu começava a frequentar uma igreja evangélica e a Católica. Teve dias de eu mentir para minhas tias ou mãe dizendo que tava indo pra Católica e ia pra evangélica, constrangida. Não me orgulho disso.


Um belo dia, após convertida, uma amiga muito próxima me chamou para ir na Carismática. Para mostrar que 'não tinha preconceito' e que não ligava pra religião, aceitei. Mas fui em oração, dizendo que não queria errar. Creiam! Deus trabalha pessoalmente conosco! Deus se importa conosco individualmente! O único ponto que faltava eu tirar a dúvida, que a evangélica pregava diferente era sobre o pão e o vinho. Era um símbolo ou era de fato o corpo de Jesus? Se fosse o corpo real, como fui ensinada na Católica, não queria cometer tão grave erro de rejeitar. E AÍ!!!! NESTE DIA!!!! FOI 'ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO SACRAMENTO'. Para quem não sabe, adoração ao Santíssimo é uma hóstia em tamanho gigante que é colocado num hostensório e alguém passeia com ele pela igreja, como sendo o próprio Jesus passeando e TODOS se ajoelham e tentam tocar para obter curas e milagres.

(A imagem me dói e me indigna por tão grande engano. Me faz mal. Coloquei para se ter uma idéia de como é. Este é o verdadeiro Jesus para eles)

Ao apagar a luz e todos se ajoelharem em reverência, também me ajoelhei e falei: "Deus, se eu estiver errando, me corrija... por favor. Eu não quero te ferir..." E aí veio em minha mente uma passagem de João. Só depois eu vim saber que era de João... Pois Deus falou comigo mesmo: "Eu vou e deixo o Espirito Santo..." (Jo 16:7). Esta sim era a Palavra de Deus. A voz de Deus. Deus falou comigo... Levantei. Sentei. E a sensação que me acompanha até hoje é de indignação! Nunca mais fui à igreja Católica! Fiquei indignada por ensinos tão errados. Adorar a hóstia é adorar outro deus. Deus não é trigo e água. Deus é uma pessoa! Jesus é uma pessoa!!! Em 1 Corintios 11, quando Paulo diz: "Até que ele venha". quer dizer que Ele não está aqui. Ele virá! No milênio, para reinar!!! Amigos meus, raciocinem! Sem falar que se Jesus estava com Deus na criação de tudo (Jo 1), e Ele era Deus, então Ele nasceu antes de Maria (para reforçar, Jo 8:58) e Deus não tem mãe. Mas isso será um novo tópico.


Arrependi-me, não tanto de pecados cometidos contra homens, porque eu era 'toda certinha', ao meu ver. Eu não bebia, não fumava, não dançava, não ficava por ficar com ninguém e eu achava que já era convertida por causa disso. Eu não tinha aquela vida toda errada que muita gente tem. E creio que pra pessoas como eu, converter-se é muito mais difícil. Aos nossos olhos. Não aos de Deus. Eu pecava contra Deus. quando fazia o que Deus abomina, quando me ajoelhava pra algum 'santo', quando louvava pra Maria, quando rezava pra mortos e tantas outras coisas que era conivente lá dentro.


E então... Deus me revelou sua graça (Ef 2:8-9) através da Palavra (Sl 119:103-104) e de experiências com Ele, Deus me deu o Espirito Santo (At 5:32) me ensinou, me lembrou (Jo 14:26),  cuidou e cuida de mim até hoje (Mt 11:29). Para que meus pés não tropecem (Jr 13:16). Por amor de mim, mas também por amor a todos a que Ele me enviar para falar sua Palavra (Jo 17:17.20) na sua sã doutrina (2 Tm 4:3 e Gl 1). E hoje, testemunho a Verdade na Verdade. Meu aperfeiçoamento será até o dia de me livrar desse corpo mortal. Porque sempre a carne lutará conta o Espírito e o Espírito contra a carne (Gl 5:17; Mc 14:38), mas em Cristo e com Ele serei e sou mais que vencedora (Rm 8:37) e mais feliz (Jo 16:22, 1 Co 2:9).


Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém. Rm 11:36

"E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção."
Efésios 4:30

Comentários

  1. Lindo esse seu testemunho Patricia. Há de edificar muitos que seguem o Catolicismo. Deus continue a te abençoar.

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